Revista de Investigación Valor Agregado 2021: 8(1), 1 -16
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salienta a busca de equilíbrio emocional no momento de decisões importantes das
instituições.
Mais ainda, a inteligência espiritual segundo Roselló (2012) corrobora a inteligência
emocional e a lógico-racional, habilitando-a a transcender o sofrimento, gerando valor.
Permite que cada área cerebral especializada realize suas atividades formando um todo
funcional, a mesma é para a empresa o que é a vitamina “C” para o sistema imunológico
humano, catalisando os outros nutrientes a fim de equilibrar o organismo. Deste modo a
empresa ganha conotações e jargões como os seres vivos, como: Crescimento empresarial
(Ribeiro, 2012), empresas como organismo vivo (Fernández, 2016), biologia do aprendizado
empresarial (Pereira & Borges, 2006), empresa verde (Layrargues, 1998), empresa viva
(Woods & Cortada, 2000), ecologia espiritual (Araújo & Azevedo, 2011).
Alguns estudiosos das organizações, no entanto, argumentam que a espiritualidade
organizacional pode se converter em um discurso com o intuito de manipular as pessoas com
objetivos puramente materialistas (Vergara & Moura, 2010). A ainda quem afirme que o
homem atribui poderes divinos a tudo aquilo que é de difícil compreensão (Kerber, 2009), o
que em casos específicos pode confundir sobre conceitos de coisas tais como, sagradas,
divino, Deus, e até gerar conflitos, sobre as origens, entre os mais diversos.
Segundo Enes & Costa (2015) apud Marcos (2010), citam que a espiritualidade no
ambiente de trabalho é uma experiência inter-relacionada entre os membros de uma mesma
organização de trabalho, fortalecida pela boa vontade individual. Esta leva a criação adjunta
de uma cultura organizacional, sintetizada pela reciprocidade e solidariedade, sendo assim o
resultado será melhor engajamento, no trabalho.
Já para Neal (apud Boog, 2005, p. 1) ressalta que “se qualquer organização quiser
viver, terá que promover radicais, transformações em si mesmas. Essas não se referem à
estrutura, más sim aos valores, essencialmente aos valores do coração e da alma” ou como
possa chamar princípios norteadores da vida e da existência do ser humano, “ou seja, um
líder espiritual é uma pessoa de ações compatíveis com seus valores. Em virtude disso
podemos dizer que uma pessoa ou organização não podem “enganar” ou “fingir” serem
espirituais, pois suas ações precisam exalar espiritualidade” (Barreto, Thompson, & Feitosa,
2010).
Apoiar as estratégias organizacionais que incentivam a espiritualidade no local de
trabalho, podem trazer benefícios que são expressos no desempenho organizacional do
funcionário, como honestidade, criatividade, confiança, senso de realização pessoal e
compromisso pessoal (Garcia, 2013; Krishnakumar & Neck, 2002).